sexta-feira, maio 01, 2009


sons e cheiros

"Nós nos beijamos por mais um tempo, ouvindo música. As músicas me lembram do fim do curso de Direito, na época em que namorei Nate, e depois fui dispensada por ele. Ouço e me lembro da tristeza. Mais do que qualquer outra coisa, sons e cheiros são capazes de transportar alguém a algum momento no passado. É impressionante o quanto se pode lembrar com algumas notas musicais ou o cheiro solitário de um cômodo. Uma música a que na época você nem prestava atenção, um lugar que você nem sabia que tinha um cheiro específico. Penso no que trará de volta Dex e nossos poucos meses juntos daqui a algum tempo. Talvez uma música. Talvez o cheiro do xampu que usei durante todo o verão. Algum dia, meu envolvimento com Dex fará parte de uma memória distante. Isso também me entristece. É como quando alguém morre: no início, a dor é horrível. O mais triste, porém, é quando o tempo passa e continuamos a sentir e sofrer a ausência dos que já se foram..."

- Do livro "O noivo de minha melhor amiga".

Às vezes, os fins justificam os meios

Acontece que recentemente pude notar uma mudança. Agora eu me permito pensar no futuro. Parei de me sentir mal quando imagino algum final de casamento. Parei de achar que minha lealdade a algo ou alguém deve vir antes daquilo que eu quero. Ainda não tenho certeza do que vai acontecer, que rumo esse caso vai tomar, mas o meu medo de quebrar as regras abrandou, assim como meu instinto de colocar pessoas acima de mim mesma. A vida não é preto no branco. E a moral não é objetiva: tudo tem sempre outro lado. O que importa, é aquilo que te faz bem. Agora, pauto minhas ações pelo sentimento que as originou: se for amor, estou no caminho certo. Se for com outra intenção... bem, melhor se aquietar, e resolver de outro modo (risos).