sexta-feira, maio 21, 2010


lAçOs:.:

Antes de sair de casa, fiquei pensando nas semanas que viriam, quando eu estivesse lá fora. Sou assim: penso demais. Em tudo! Sabia que, embora fosse conservar o sentimento, uma vez pé-no-chão-de-fora, seria para-sempre. Não voltaria a dormir aconchegada, nem sentiria mais "aquela sensação de estar segura", com braços fortes e um homem para me proteger. Também não acordaria mais com um sorriso na face, doida pra fazer festa, com o cara do lado. O cara da minha vida! Tudo iria ficar demasiado vazio, e esse era o problema: vazio. Nunca mais ninguém que amava iria me roçar as pernas, nem brincar de cachorrinho... Altas horas da noite, se sentisse necessidade de alguma coisa, não haveria mais alguém pra me levar de volta ao céu. Isto me deixava petrificada: pesando na balança, aquilo que me preenchia, com ele ao meu lado, era muito importante. Pesava demais! No final, pensando bem, aquilo que me irritava, se tornava tão simples. "Simples como fazer sopa de batata". O que não é uma coisa fácil, qualquer pessoa sabe, se já leu a Julie ou Julia Child (descascar batatas, e amassá-las é trabalhoso. O pior é picar o alho-poró...). Pensando mais ainda, sopa de batata parece tão comum... mas é uma delícia! Por esse lado, e pensando bem... melhor fechar a porta. Apagar a luz. Voltar para cama. Sopa de Batatas acalmam e apaziguam um coração desconsolado. Chá de alecrim, pra encerrar, alegram uma alma desanimada. E o que arremata com laço dourado, bem... Melhor silenciar e aproveitar o que está na cama. "Está tudo bem, meu amor. Não haverá mais lutas."

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