terça-feira, junho 09, 2009


LeChaim.


Guardem bem o que vou falar: não existe distância grande o suficiente, quando se ama alguém. Se você está pretendendo uma mudança para a China, a fim de esquecer alguém, desista. Mais tarde (ou pior, mais cedo do que imagina!) vai descobrir que o abençoado embarcou contigo. E nem ao menos lhe ajudou a pagar a passagem aérea!

Bastará encontrar alguém na rua, parecido, para você começar a acreditar que tudo poderia ter sido diferente. Se não fosse aquele deslize seu... Se não fosse aquele seu ato ‘antes da hora’, ou suas palavras fora de contesto... Fechando os olhos, ele não desaparecerá, e pasme: ainda no silêncio, ouvirá sua voz. Caminhará pelas ruas numa contradição inquieta, esperando encontrá-lo na próxima esquina, e querendo trucidá-lo por ele não estar ali, atrás de você. Daí pra frente, vem o clichê: começará a acreditar em destino, e pacientemente, ajudará a vida a colocá-lo a sua frente (mesmo que não saiba o que falar quando o ver). Ainda que esteja só, ele existirá em você. Em algum lugar.

Sim, mas eu estou melhor, acreditem. Agora só penso um pouco nele. Um pouco pela manhã. Um pouco ao meio dia, quando sento a mesa e coloco o seu prato solitário à minha frente. Um pouco à tarde, no horário do nosso café. A noite é inevitável, o seu travesseiro me desafia a adentrar madrugada adentro, sem chorar todos os dias. Às vezes, acho que gastarei esta minha vida inteira tentando esquecê-lo...

Tudo bem, sei que devo viver, seguir em frente. É o que eu faço todos os dias. Mesmo que eu saiba que faço isso pela esperança de reencontrá-lo, coisa que não confessarei jamais! E, pelo final, lá vou eu. Desistir nunca foi opção!
LeChaim!

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