Cheguei cansada da tarde passada em fila de espera de atendimento, e só mais tarde parei no pequeno escritório que havia montado. Foi então que vi seu recado, economia de palavras era seu estilo, "Venha para cá no próximo feriado". Inevitável o sorriso, quanta saudade se formara desde a última vez. Pensar nessa sequência de acontecimentos agora, enquanto me atropelavam mihões de pessoas na rodoviária, era uma tentativa de fazer o tempo decolar, apressar a espera por ele. Estava me sentindo de volta aos bancos escolares, indo para um encontro toda vibrante e perfumada, um monte de borboletas batendo asas no meu estômago, o coração em ondas alternadas de ansiedade e exaltação. Quando a gente quer muito que tudo dê certo, corre o risco de meter o pé, no lugar das mãos.
Nesse exato momento, tenho 30 e poucos anos, dos quais não me arrependo de nenhum. Não gosto de julgar ninguém, e se perguntam quem fez, não sei quem fui mais gordo. Como a vida é tecelã imprevisível, não atiro a primeira pedra, mas posso jogar a última pá de terra. O que importa é que a vida, esta sim, está sempre certa. O resto? Detalhes...
domingo, novembro 04, 2007
DEPOIS DAQUELE BEIJO...
Cheguei cansada da tarde passada em fila de espera de atendimento, e só mais tarde parei no pequeno escritório que havia montado. Foi então que vi seu recado, economia de palavras era seu estilo, "Venha para cá no próximo feriado". Inevitável o sorriso, quanta saudade se formara desde a última vez. Pensar nessa sequência de acontecimentos agora, enquanto me atropelavam mihões de pessoas na rodoviária, era uma tentativa de fazer o tempo decolar, apressar a espera por ele. Estava me sentindo de volta aos bancos escolares, indo para um encontro toda vibrante e perfumada, um monte de borboletas batendo asas no meu estômago, o coração em ondas alternadas de ansiedade e exaltação. Quando a gente quer muito que tudo dê certo, corre o risco de meter o pé, no lugar das mãos.
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