quarta-feira, novembro 14, 2007


CATEDRAL

Passadas três semanas, abraçou-a. A confiança se acumulava depressa, graças sobretudo à força bruta da delicadeza do homem, a seu estar ali. Desde o começo, a menina soube que Hans Hubermann sempre apareceria no meio do grito e não iria embora.

• UMA DEFINIÇÃO NÃO ENCONTRADA NO DICIONÁRIO •
Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.


Voltar para casa.
Não ir embora.
Mão na minha mão.

Expressões que permeavam o universo da "Menina que roubava livros", de Markus Zusak. Não sei se termino algum dia esse livro - a poesia, apesar de bela, entremeada aos parágrafos me faz parar. Pausar. Tal como Lya Luft, Não sou a areia onde se desenha um par de asas ou grades diante de uma janela. Não sou apenas a pedra que rola nas marés do mundo,em cada praia renascendo outra. Sou a orelha encostada na concha da vida, sou construção e desmoronamento,servo e senhor, e sou mistério. A quatro mãos escrevemos este roteiro para o palco de meu tempo: o meu destino e eu. Nem sempre estamos afinados,nem sempre nos levamos a sério. Na maior parte, quem me salva do acaso, é a distração das cores.

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