Há alguns meses, Deus enviou-me presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, com descuido e alguma pressa, de AMOR*. Na primeira vez que eu o vi, achei-o bonito, ponto. Quando ele sorriu, e a curva do sorriso foi abrindo caminho e apontando para cima, em direção a dois olhões verdes e inteligentes, pensei assim: eu poderia amar esse homem. Eu sabia, eu sabia, eu sabia no que estava me metendo. Estava entrando num troço complexo sobre o qual eu não entendia nada, que requeriria várias decisões envolvendo levas e levas inusitados. Basta um pequeno deslize para dar perda total na refeição ou, quem sabe, pôr fogo no restaurante. Já não há mais espaço para happy ends. Só para happy beginings. Esse é o meu. O que está por vir é ´maybe not today, maybe not tomorrow, but someday, and for the rest of our lives´. Agradeço à vida por essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase páro de sentir fome!
*Caio Fernando Abreu, Pequenas Epifanias.
**Rebordado em cima da crônica deliciosa do ilustre escritor Antonio Prata, que possui um blog muito bom, cheio de humor e aventura.
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Meu avô, quando virava no ar crepes, dizia que se devia pensar em tudo, menos no fato de terem de cair direto na frigideira. Pensar demais no vôo é certeza que cairão enroladas, ou estateladas no fogão. Engraçado, mas é justamente A DISTRAÇÃO que nos faz chegar ao ♥ das coisas! A VIDA É PARA SER VIVIDA, não para ser solucionada. Navarandolhar, prosa, café, riso. Fale sobre o que der na telha, fique em silêncio, preste atenção aos sinais. Viva o mistério, o avesso das coisas, SEJA FELIZ SEM MOTIVO. Enfim, quando seu ♥ falar, levante-se... e VÁ AONDE ELE QUISER LEVAR! PORQUE o caminho certo é aquele que tem ♥.
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Se você desistir de seu sonho pela opinião do "Outro", você não foi grande o suficiente para realizá-lo, ou ele não era bastante para tornar-se realidade. Enfim, "Vencida pelos meus próprios argumentos". É por essas e outras razões que "amigos inteligentes" fazem toda a diferença, na reta final. Porque, o que importa, é a última. Volta.
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