quinta-feira, agosto 09, 2007


MÃOS-NA-MINHA-MÃO.

Quando ela deu com os olhos em suas unhas roídas, escondeu rapidamente os dedos, cerrando os punhos. Ela sorriu, divertida. As palavras dela sempre o tocavam profundamente, e não entendia como alguém podia conhecer tanto outro alguém, tão profunda e rapidamente. Sabe quando eu te falei que achava você a pessoa certa pra mim, mas o momento era errado? Foi uma meia verdade, porque dentro de mim algo me dizia que, se eu quisesse arriscar, podia fazer daquele instante o momento exato pra nós. Bastava eu apostar em você. E aí você me perguntou porque tinha cruzado comigo, porque tinha se apaixonado justo por mim, se havia milhões de pessoas melhores que eu. Fiquei com tanta raiva, "como melhores que eu", foi aí que eu achei melhor deixar você com esses milhões. Olha, a verdade é que não se sabe o que será do amanhã. Nem como ele será feito. Só o presente vale a pena, e você sabe que essa é minha filosofia de vida. Aqui e agora. É assim que eu vivo. Então, agora, hoje, O que você tem a me oferecer, gatinha?

Havia um brilho irônico no seu olhar, mas seu rosto conservava a expressão doce e sincera que tinha mexido com ele, desde a primeira vez. A verdade é que dentro de si carregava uma certeza inabalável. Ela era a pessoa certa. Mulher da sua vida. E não estava mais se importando se o momento era certo ou errado, isso era problema dos outros. O que ele sabia é que não iria jamais soltar da sua mão novamente. Mesmo que ela dissesse não. Mesmo e tantos outros mesmos, então...

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