sexta-feira, julho 20, 2007


Anda... Luzia.

Os olhos glaucos me acusam: você não ama a ninguém; tem tanto medo de se apaixonar pra valer, que oscila assim, entre dois pontos, feito pêndulo. Quero ver quando isso ocorrer, sua entrega será tamanha, o que sobrará de você?

Eu quero e posso continuar fugindo, fingindo, caminhando assim. Gosto disso: dessa segurança, de me sentir amada, de estar no controle, estar no poder. Pra que me envolver em emoções fortes, se não fui criada pra isso, pra viver a vida com tanta intensidade? Prefiro ar condicionado, a grandes tormentas. Se possível, com controle remoto, por comodismo.

Quer saber? Quero ver a vida te levar, e numa tempestade maluca, você alçar vôo improvável. Cair de quatro realmente, sem eira nem beira, e perder o rumo, até dentro de você. Tudo por um Amor. Tudo pra viver. Não é por mal, mas a sensação é tão maraviolhosa, que é uma idiossincrasia você continuar caminhando sempre em linha reta, sem mergulhos, nem saltos sem para-quedas.

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