sexta-feira, julho 27, 2007


Abstração:.


Milhões de pensamentos vagam, o que é importante eu guardo. Às vezes, em dias de chá-das-cinco, estravazo, entremeios sorrisos e gargalhadas. Muito porque na chávena (minha avó adora falar essa palavra!) o que vai é vinho tinto. Pra acompanhar, torta. Destrava-línguas deveria ser o nome oficial de qualquer encontro nosso, circunstâncias e causas são indícios, e elegantemente tentamos filosofar sobre tudo - inclusive sobre as referências que detemos sobre pessoas, acontecimentos, relações... Fazemos piadas de tantas lágrimas, chistes de todo o drama. Deitamos no divã e elucubramos possíveis síndromes e complexos. Desvendamos sonhos, compartilhamos enredos e intuições. Hoje, especialmente agora, eu quero isso: pausa, sossego, paz. Quero cafuné, eu que lembro de sempre fugir de qualquer escova-bem-feita em salão de beleza (puxam e repuxam, o tico-e-teco ficam malucos). Quero alguém pra trocar bolita-de-gude, pra desafiar leis e desatinos, pra desmanchar regras e repudiar preconceitos. Gosto porque gosto de fazer tudo ao contrário do que adoro, só pra implicar com esse meu lado "mania-de-lista". De desafiar minha mente lógica e correta, insistindo em neologismos e desestruturações de palavras (reticências e ligações por hífen, quem dá mais?). Nada de parágrafos, só pra irritar a menina que mora dentro de mim, sempre atenta a tantos detalhes linguísticos. Eu sim, minha pior inimiga, me desconcerto pelo prazer de instantes depois me integrar. PORQUE ANDO ENGASGADA COM ESSE TRANSTORNO que acomete muitas pessas, essa insistência na negação, no não, em enumerar o que "odeia", quando basta dizer o que ama e adora. Essa visão turva de ver sempre tudo ruim, todo o mal que permeia a terra, crendo (quem sabe?) em ser o anjo-exterminador-em-missão-presente. Da vida, até o momento, uma das mais importantes lições que asssimilei foi "estar aberta a possibilidades". Sou adepta da fidelidade, mas sem juramentos; fã incondicional da verdade (mas se precisar ocultar ou colorir...), lealdade e cumplicidade são coisas-pra-vida-inteira, porém se preciso for, em vez de trangredir essas virtudes, vou embora sem olhar para trás. Se acaso me trair, posso perdoar sim, se me ferir, posso não me magoar, e se sua atitude for desleal, não se preocupe: a minha atitude independe da sua. Faça uma tentativa semanal de retirar o NÃO de sua mente, de suas frases, de sua meta. De sua vida. Em vez de "não aguentar mais tanto trabalho", diga ah, quero me esbaldar em fazer amor. Troque o que te chateia por imagens positivas, devaneios que te permitam suspirar no final da tarde. Permita-se abrir para que a vida aconteça dentro de você. ABSTRAIA o NÃO. Desta vida, o que nos impele a sorrir, é... Faça a lista, e pratique!

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