Sonho, pra te encontrar
Certas receitas especiais me dariam prazer fazer, se fosse em sua companhia. Fecharia os olhos para sentir melhor, mas depois não teria certeza se o que eu ouviria seriam suas palavras ou o seu próprio desejo. Você poderia me iniciar em seus segredos, aqueles com os quais acrescenta sabor especial a qualquer alimento. Talvez faça rasogallas macias, e para não deixá-las desmanchar quando fervidas em calda misture duas colheres de sooji à massa de chhana. Ah, sabe que meia xícara de óleo na massa da pakora não deixa estas bolinhas picantes absorverem mais óleo ao fritá-las? É, aprendi a ralar minhas próprias especiarias, até hoje ainda naquele pedaço de pedra esburacada, coalho o leite com limão e faço chhana fresca na consistência certa. Na maioria das vezes!
Os grânulos da minha mihidana são laranja como o nascer do sol nesta cidade que te acolhe, e tão viciantes quanto nosso caso amoroso. Minhas singaras de couve-flor, tão crocantes, esperam por você, com a mesma expectativa que eu.
Se eu ficar em silêncio, quase posso vê-lo acendendo o braseiro, separando ingredientes, sorridente, cantando baixinho uma música suave. O tempo que não passamos juntos no futuro nos será cobrado? O que sabemos e o que não sabemos são como irmãos siameses, inseparáveis. Confusão, confusão... Quem realmente consegue distinguir o mar do que nele se reflete, diz Haruki Murakami, em Minha querida Sputnik. Falo que nem sei dizer qual a diferença entre a chuva que cai e a solidão em mim.
Antes de você fechar a porta, e tentar me esquecer novamente, quero lhe dizer o quanto és importante pra mim. Que eu nunca irei te esquecer, e em muitos aspectos, não sei conceber gostar de alguém mais do que a ti. Não sou boa com palavras de agradecimento, obrigado é uma palavra esquisita, enseja adeus. E ficar longe de você, mais do que já estamos, é algo inconcebível nesse momento de tormentas. Não deixa nossa história pairar entre 24 horas, lembra da Suttara, que te saúda a cada manhã.
Preste atenção: não posso sonhar contigo. Imaginar a nós se debruçando juntos sobre algum livro, as cabeças quase se tocando, relutantes em desistir de alguma coisa insatisfatória, brincando com as letras, escrevendo-as numa ordem aleatória, misturando-as e deixando-as se manter... é tão simples, nem sei como podemos ficar tanto tempo sem nos ver. De trás pra frente, nós somos Tempo do Sonhar.
Fico sorrindo, a toa, querendo saber se no meio de minhas palavras descobriste as mensagens que encerram pra ti. Se é que encerra alguma, diria você, com um sorriso zombeteiro. Capricho sem importância, brincadeira boba, mas adoro manter seus pensamentos em forma de letras no meu dia-a-dia, ressuscitando gostos e aromas de países antigos, com os sussurros de histórias contadas e aprendidas de cor. Não adianta se preocupar, não adianta esperar. Sei, sei, eu sei que eu sempre sei o final, mas nem por isso me acalmo, ante ao desespero da travessia...
Os grânulos da minha mihidana são laranja como o nascer do sol nesta cidade que te acolhe, e tão viciantes quanto nosso caso amoroso. Minhas singaras de couve-flor, tão crocantes, esperam por você, com a mesma expectativa que eu.
Se eu ficar em silêncio, quase posso vê-lo acendendo o braseiro, separando ingredientes, sorridente, cantando baixinho uma música suave. O tempo que não passamos juntos no futuro nos será cobrado? O que sabemos e o que não sabemos são como irmãos siameses, inseparáveis. Confusão, confusão... Quem realmente consegue distinguir o mar do que nele se reflete, diz Haruki Murakami, em Minha querida Sputnik. Falo que nem sei dizer qual a diferença entre a chuva que cai e a solidão em mim.
Antes de você fechar a porta, e tentar me esquecer novamente, quero lhe dizer o quanto és importante pra mim. Que eu nunca irei te esquecer, e em muitos aspectos, não sei conceber gostar de alguém mais do que a ti. Não sou boa com palavras de agradecimento, obrigado é uma palavra esquisita, enseja adeus. E ficar longe de você, mais do que já estamos, é algo inconcebível nesse momento de tormentas. Não deixa nossa história pairar entre 24 horas, lembra da Suttara, que te saúda a cada manhã.
Preste atenção: não posso sonhar contigo. Imaginar a nós se debruçando juntos sobre algum livro, as cabeças quase se tocando, relutantes em desistir de alguma coisa insatisfatória, brincando com as letras, escrevendo-as numa ordem aleatória, misturando-as e deixando-as se manter... é tão simples, nem sei como podemos ficar tanto tempo sem nos ver. De trás pra frente, nós somos Tempo do Sonhar.
Fico sorrindo, a toa, querendo saber se no meio de minhas palavras descobriste as mensagens que encerram pra ti. Se é que encerra alguma, diria você, com um sorriso zombeteiro. Capricho sem importância, brincadeira boba, mas adoro manter seus pensamentos em forma de letras no meu dia-a-dia, ressuscitando gostos e aromas de países antigos, com os sussurros de histórias contadas e aprendidas de cor. Não adianta se preocupar, não adianta esperar. Sei, sei, eu sei que eu sempre sei o final, mas nem por isso me acalmo, ante ao desespero da travessia...
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