quarta-feira, novembro 15, 2006


.:Palindromes:.

Querido D.,

Vi inúmeros desses tipos que você gosta hoje.
E percebi que você tem razão em muitas coisas...
Talvez consiga me ver de trás para frente,
e de algum modo, ainda me visualizar ali.
sei, quase nunca digo o que eu quero,
e metade do que falo podem ser palavras-de-vento
A outra parte, o mistério, escondida,
não está longe das suas mãos.
Eu não sei quem eu sou,
também não sei o que eu quero.
Aparentemente, o Senhor deve saber
mas quando for a hora
poderia me salvar?
Então dava para o Senhor dar corda
na minha caixinha de música
que nunca foi tocada?
para que eu possa começar a minha dança,
nesta vida-de-bailar
e quem sabe adquira vida e tudo o mais que for preciso
não é só fechar os olhos e se entregar?
Deixarei a música tomar conta de mim
me libertarei de tanta saudade, que é só dor
de repente eu me vejo como se estivesse morrendo
tanta saudade me saturando e me afogando
como se desfalecesse todo dia algo por dentro-de-mim
como se caindo ou desmaiando, não me sustentasse
sem você em sonhos
faço tudo ao contrário, sou evasiva,
mas tenta ler de trás para frente:
AVPS.

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