segunda-feira, setembro 18, 2006


Na Alma a cura:.

Vozes na escuridão. Uma voz semelhante aos "pios de um passáro" que nos importuna saindo de um corpo imponente fala por "um proprietário que não confia em si mesmo para estar à altura de suas possibilidades e colocá-las em uso; é de supor tanto o medo da própria força e da impressão que se causa quanto a distância da corporalidade - o ânimo interno, ao contrário da aparência interna, é medroso e sem autoconfiança. Voz Rouca deve-se a cordas irritadas e não a um estado de ânimo reconhecidamente irritado, podendo indicar que seu proprietário permanece constantemente nas proximidades do grito, sem realmente berrar do fundo do coração. A voz soa extremamente fatigada, seja porque gritou de maneira apenas parcial, e não total, ou então porque o brado tem de ser constantemente reprimido. A rouquidão mostra que a voz provém do âmbito da cabeça e do pescoço, e certamente não da barriga e do coração. Conseqüentemente, seu proprietário não coloca toda a sua pessoa naquilo que exterioriza. Para harmonizar-se com sua voz, é inevitável admitir-se nos planos de sentimentos que vibram em conjunto a cada momento, vivê-los e deixar que falem a partir de si mesmo. Somente assim surge a chance de estar (vocalmente) livre e aberto para todos os estados de ânimo.

Problemas como Bócio ou relativos à Tireóide sugerem respostas às seguintes perguntas: Vivo em um ambiente que proporciona poucos estímulos à minha vivacidade? Faço a mim mesmo coisas que me incham e que me impedem de participar da vivacidade mutante da vida? Por que não quero mais estar vivo? O que me leva a viver somente em ponto morto? O que meu excesso de peso quer me dizer? O que ele substitui em mim? Onde escondo minha energia vital? O que me transforma em um bloco de gelo? O que deveria deixar morrer para voltar a estar vivo? Onde está meu lugar, onde poderia viver e florescer?

Entender a doença como linguagem da alma não é fácil. O tratamento implica em, tal como uma cebola, retirando camadas e camadas, para enxergar o "ponto crucial". Quando vemos e utlizamos as oportunidades contidas nos sintomas, nossa vida não se torna necessariamente mais fácil, mas nós nos tornamos mais conscientes da responsabilidade; cada erro, uma possibilidade de crescimento, um aprendizado que pode ser acrescentado, se dermos a devida valoração a oportunidade. Outro fato é que o homem autorealizado, que encontrou o centro entre os pólos e o centro em si mesmo não avalia mais e sabe no fundo de seu coração, que tudo o que distribui volta para ele. Em ultima instância, toda terapia que merece esse nome pode ser resumida naquele que é talvez o mais importante dito de Cristo: "Ama seus inimigos". Muitas vezes nossos inimigos são superfícies externas de projeção que refletem para nós aquilo que não podemos suportar em nós, e que por isso mesmo, detestamos nos outros. Assim, os sintomas das doenças são inimigos internos para a maioria das pessoas. Quando conseguimos amar os inimigos externos e internos, o resultado é a cura. E nós o conseguiremos tanto mais facilmente quanto mais estivermos em condições de reconhecer a doença como linguagem da alma. Então, o que temos é a doença como caminho. Este caminho não é nove nem complicado, ele é tão atemporal, tão simples e tão exigente como as eternas palavras: Ama teus inimigos.

Baseado no livro de Rüdger Dahlke. A doença como linguagem da alma [Os sintomas como oportunidades de desenvolvimento'.

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