Retirado do Livro .:Mais Platão, Menos Prozac:.
Da serenidade:.
(...) Mark Twain era quase tão famoso por seu temperamento inflamável quanto por suas realizações literárias. Tinha pavio curto, e pode ter certeza de que sua cólera era devastadora. Quando melindrado, a sua resposta preferida era redigir uma carta mordaz. Mas, depois, sempre a deixava sobre a sua capa por três dias. Se depois de três dias ainda se sentisse irado, ele a enviaria pelo correio. Quase sempre a raiva desaparecia, e ele queimava a carta. Talvez tenha sido uma perda para os admiradores que desejassem muito uma cópia dessas palavras, mas certamente foi melhor para Twain, seus amigos e conhecidos. Aposto que Twain usou aquelas cartas para definir o problema, expressar suas emoções (principalmente a raiva), e analisar suas opções algumas das quais eram, com certeza, maravilhosamente gráficas). Mas o seu insight contemplativo deve ter exercitado as virtudes da paciência, imparcialidade, reflexão e disposição para mudar. Conhecido como sangue quente, Twain poderia não ter demonstrado esse tipo de controle, a menos que estivesse inclinado a essas virtudes. Quer ele enviasse ou não as cartas coléricas, usava-as, assim como a pausa de três dias, para recuperar o equilíbrio. Embora eu tenha dúvidas de que ele estivesse ou não ciente disso, Twain estava refletindo a idéia chinesa de que o melhor curso de ação é aquele que o deixa sem culpa e arrependimento. Esperando três dias e decidindo depois, com a cabeça mais fria, era mais seguro encontrar esse caminho (...)
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Insights, Sinais
As pessoas que procuram se ofender sempre encontram motivo para isso; conseqüentemente, são elas que têm um problema. O problema é a necessidade que têm de se sentirem ofendidas. A primeira Verdade é que a vida envolve sofrimento. A segunda é que o sofrimento é causado; não acontece por acaso. A terceira, que podemos descobrir a causa e romper a cadeia causal para impedir o sofrimento. Remova a causa e removerá o efeito. A quarta, e mais importante, é que devemos praticar para alcançar o fim explicado no terceiro ponto. O segundo insight é budista: o que experimentamos em vida é o que queremos que aconteça em vida - não o que simplesmente desejamos ou fantasiamos, mas o que queremos realmente que aconteça. A única dificuldade é que aquilo que você está experimentado agora é produto de suas volições anteriores, o que você quis previamente que acontecesse. Você pode influenciar o que viverá no futuro analisando o que está querendo agora, mas esse processo não é instantâneo. Leva tempo. Quanto tempo? Tente e descubra você mesmo. Com a prática certa, começará a viver mais completamente o presente, o que significa que não lhe faltará quase nada. Você tem o que tem vontade de ter. E repele o que quer demais."Todos os fenômenos da existência têm a mente como seu precursor, como seu líder supremo, e da mente eles são feitos - Buda."
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Do amor per si, e pelo Outro:.
De fato, o seu companheiro íntimo é uma manifestação da sua mente - como você é a dele. Quando realmente puder querer que ele apareça, ali estará ele. Se você estiver pronto, em equilíbrio, estará disposto a seguir o seu coração. Dessa maneira você pode moldar o seu próprio destino examinando o que realmente quer. Talvez esteja perdido em um labirinto de carências, mas não sabe disso, porque não sabe no que está pensando. Ah, e é bom ter padrões elevados, e ela não se compararia a alguma média estatística. Entre os benefícios da prática filosófica estão as maneiras de achar a essência de si mesmo e a coragem para vivê-la. Valorize a virtude, em si mesma e nos outros. E, apesar da noção popular de que estoicismo significa cerrar os dentes diante do desconforto - considerar as coisas "filosoficamente", como dizem comumente -, o conceito central do estoicismo é valorizar somente aquilo que ninguém pode tirar de você. O valor, então, é encontrado em coisas como a virtude, representando o oposto do seu novo casaco de pele ou do seu cartão de crédito especial. Para os estóicos, a meta é conservar o poder sobre si mesmo. Se valorizar algo que lhe pode ser tirado, você se coloca ao alcance do poder daquele que pode tirá-lo. O egoísmo como virtude: ser abnegada até o ponto de se prejudicar é Tolice, das maiores. (...) Lembre-se que "um casamento duradouro geralmente é melhor para os envolvidos nele, mas, às vezes, é preferível se divorciar pelos motivos certos do que permanecer casado pelos motivos errados". Se você começar a se descobrir filosoficamente, o resultado pode ser uma mudança na sua vida. Às vezes essa mudança é inquietante e você precisará de coragem e determinação para perceber isto. Mas esse crescimento filosófico também resulta em auto-suficiência filosófica, o que permite que você seja verdadeiro consigo mesmo. (...)O lar não é somente o lugar onde está o coração, e onde as pessoas têm de acolhê-lo, mas também o lugar onde as pessoas estão interessadas no que você tem a dizer - interessadas em você como ser humano sem segundas intenções, valorizando-o pelo que é.
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Das mudanças Necessárias:.
Analise a opção do fim (divórcio) não necessariamente de acordo com seus princípios (casamento como um compromisso para toda a vida), se pergunte se há ainda tempo para mudar as regras que acredita absolutas. Quando a obediência cega a uma regra começa a prejudicar, talvez esteja na hora de modificá-la. Os votos de um casamento geralmente são assumidos "até que a morte nos separe" - isto é, por toda a vida. Mas suponha que você descubra algum tempo depois da lua-de-mel que se casou com um psicopata ou um sádico que habilmente a enganou e que pode feri-la ou arruinar a sua vida. Nesse caso perigoso, manter os votos do casamento provavelmente lhe causará mais danos do que quebrá-los. Agora, pense em um caso mais trivial, em que você discuta com um irmão ou um amigo e jure que "não vou falar com você nunca mais!" Pouco tempo depois, realmente sente saudades dessa pessoa, que também sente a sua falta. Cumprir a promessa de nunca mais falar com ele provavelmente lhe fará muito mais mal do que quebrá-la, portanto você liga para ele. Assim, duas pessoas podem ter um casamento maravilhoso durante anos, sem deixarem de se desenvolver como pessoas e sem abandonarem a intenção de cumprir os votos. Mas pode chegar o dia em que os dois amadurecem e, então, manter o casamento pode causar mais mal do que dissolvê-lo. Se somente um dos dois sente dessa maneira, ambos terão de enfrentar um período difícil. Mas se os dois sentem assim, o que é menos comum, poderão preservar o amor ao se desobrigarem do casamento.
O I-Ching adota como premissa que tudo muda e que, para entender a mudança, você tem de entender a natureza das leis - o Caminho - que levam a essa mudança. Outro de seus princípios subjacentes é que sempre há uma escolha entre um caminho melhor e outro pior para fazer as coisas. A maneira ideal, a melhor escolha, é a que o deixará sem culpa. A culpabilidade é um conceito fundamental na filosofia chinesa, desempenhando um papel semelhante ao da culpa na psicologia e o pecado na teologia. Se você age inocentemente, não faz inimigos, não tem de perder tempo se repreendendo. As forças que mantêm o casamento, que unem primeiramente as responsabilidades como pais e partilham as obrigações de um com o outro, mudam, muitas vezes. Enquanto o bem maior de educar os filhos os uniu, o casal suportou os aspectos menos satisfatórios de sua relação. Compreender o mecanismo dessas mudanças ajuda a revelar a entrada para o melhor caminho. "Quando as coisas chegam ao auge do seu vigor, começam a declinar. Isso é contrário ao Tao. O que é contrário ao Tao em breve terá um fim - Lao Tsé". (...) Admita que, apesar de achar moralmente errada a atitude de alguém romper o casamento ou mesmo uma relação, pode-se acreditar, genuinamente, que, por outro lado, também é justo buscar a própria felicidade em outra relação.
O que já aconteceu não pode ser desfeito, portanto é inútil perder tempo desejando que tivesse sido de outra maneira. É melhor avançar aos pouquinhos com as circunstâncias do jeito que elas são - por mais aflitivas que sejam - do que debater-se no passado. Avançar é a única possibilidade de melhorar. Lembremos que o tema central dos estóicos é que as únicas coisas de valor são aquelas que ninguém pode tirar de você. Poucas coisas têm mais valor do que o amor da família, que não pode ser tirado por ninguém. Nem mesmo um estuprador tem esse poder - a menos que você mesma ceda-o(...)
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Leia Sempre, Pra evitar Culpas Idiotas
Finalmente, Em vez de ficar agoniado com uma decisão difícil, ou ficar se revolvendo inutilmente em um atoleiro emocional, ou receber um diagnóstico de um suposto distúrbio de personalidade, John pôde ocupar um terreno filosófico elevado. Pôde sentir a tristeza da situação, mas superar a indecisão. Às vezes nos sentimos tristes - e há até mesmo um tipo de alegria solene oculta aí, mas não devemos nunca nos sentir incapacitados indefinidamente pela tristeza. "A melhor coisa em estar triste é aprender algo... Aprender por que o mundo sacode e o que o sacode - T. H. WHITE".
"É melhor cumprir o seu dever, por mais imperfeito que seja, do que o dever do outro, por melhor que possa cumpri-lo." A filosofia budista afirma que conflitos externos (entre pessoas) quase sempre são um produto de conflitos internos (dentro da pessoa). Ah, e não esqueça que o real, aquilo que é importante mesmo, muitas vezes se encontra no meio do caminho, no meio da travessia. Portanto, nem no final, nem no início: apenas quando você se arriscar a viver a felicidade que merece. Para ajudar, leia o livro citado acima, do Lou Marinoff. E saiba reconhecer Larrys: são amarelos. Solares. E fazem você chorar, mesmo dizendo que te amam. Não conjuge o amor com lágrimas e dor. Porque horrível para outro ser amado por compaixão.
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