segunda-feira, julho 10, 2006


O "Eu", o "Outro" e a Tolerância:.

.:Óbvio: sempre procurei ser defensora da laicidade, mesmo tendo optado por outro caminho, para poder preservar direitos de outros; para permitir que outros se expressassem, e eu, tolerante, pudesse ouvi-los; porque foi a única forma encontrada para conviver com outros. Mas chega uma hora que o coração se despedaça, tal qual um vaso quebrado, e exige o começo de uma série de pedidos claros e diretos. De objetivismo. Da luta pelo desejo do que Eu Desejo e Preciso. E se eu jamais esperar ou optar por acreditar no inesperado, ele não chegará nunca. Assim, eu caminho entre vidro, sem havaianas, mas com o crédito de ter comigo uma passagem, transcrita a lápis, por alguém que resolveu me dar "o pontapé inicial" para que eu começasse a ser tolerante a ponto de permitir-me ser feliz:. A feliz citação, ipsis litteris:
.:"Os deuses estão em todo lado. Um jovem desconhecido que mostra o caminho pode ser Mercúrio (...) E, como Ulisses está escondido sob os andrajos de um mendigo, e vá mendigar de porta-em-porta (...). É preciso, portanto, abrir um crédito de honra e de hospitalidade a toda forma de homem. Em primeiro lugar, a Nós e ao que nossa alma e coração clamam".*

----------------------------
[*Alain, Os deuses de Homero]

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial