sexta-feira, julho 14, 2006


.:Construção de um Herói:.

.:Madre Teresa dizia que a coisa mais importante que alguém pode usufruir durante sua construção é de uma estrutura familiar. Eu diria que é mais do que isso: é essencial dispor de uma família-que-construa, mas muitas vezes eu imagino que as pessoas com quem "cruzei" pelo caminho seriam muito mais felizes se tivesse alçado vôo bem antes, do ninho. Não sei se foi sorte, prefiro dizer que fui digna de ter a família e todos os ancestrais que dela se originamos. Lógico, a presença de cada um deles explica muitas nuançes em meu comportamento, principalmente, a maneira como eu "encarava" a vida. E a vida gira, e percebemos que somos muito mais que somente essa página da vida - cada um de nós é um elo, não é uma ilha, e faz parte de tudo aquilo que nos complementa - a divindade. Graças à educação, estilo de vida, alimentação, formação cultura, acabamos por desenvolver esse "Eu" que pensamos estar pronto aos trinta anos. Pelo menos, o que houve comigo foi "a desconstrução de uma mulher", e a descoberta de um ser que continha brilho e temperamento próprio, um lado escuro e outro claro, frio e calor, repouso e escuridão. Principalmente, que havia sido bem aterrada nos princípios da Moralidade, do Amor e da Bondade. Após tanta colagem, recortar e pintura, se descobre que o máximo de nosso caminho consiste em "amar aos outros" como "amamos a nós mesmos", ou seja, a prioridade deve ser nós, sempre. Porque se não nos amamos, não conseguimos repassar esse sentimento. Se não somos felizes, o que fazemos é comprar felicidade aos outros. Se esquecemos de nossos sonhos, não compreendemos as pessoas que detém asas e são mutantes. Se não lembrarmos qual é o nosso fim, não poderemos completar o meio, e nem ao menos relembrar com gosto o começo...

Meu pai tem um armazém de sonhos: a marca é registrada, pessoal e intransferível. Cruzou mares, conquistou milhões de mulheres, e conseguiu a única que ele amou - e pela vida inteira vai amá-la mais que a si próprio. Alçou vôo cedo; decerto isso o fez tão "Ulisses", tão desconexo e ao mesmo tempo, tão convencional. Geminiano, mas aquela porção taurina mesclada ao canceriano que o domina tanto. Formou ramos de uma árvore, e sabe distinguir suas paixões. Isso eu acho mais relevante: sempre sabemos a importância que tudo na vida dele tem. Mesmo assim, não há do que reclamar - hoje. Risos. Porque devemos mesmo priorizar o que nosso coração manda, e nossa alma grita e se inflama. Sim, Portugal, mesmo distante, permanece nele. A cruz por cima da estrela, tem um significado próprio, pessoal e íntimo. O filho-homem, lindo e quase-idêntico a ele, quando moço, é um enorme pedaço de sua vida: acho que ele se vê atravês desse homem-lindo-que-meu-irmão a cada dia se transforma (não é paparicagem - ele não lê banalidade, nem sabe o que é blog); e eu e minha irmã também concordamos: realmente ele é o liame, o meio. O nosso queridinho [talvez de minha parte, um pouco de culpa, bati tanto quando era pequeno e miúdo, era um chato que se recusava a obedecer sem apanhar]. Após minha mãe, portugal, meu irmão, o galo-do-time-de-futebol, há a neta. Depois o neto. Mais uma neta. Minha irmã, Madre Teresa em pessoa. Azeite, comida, e amigos. Trabalho, dinheiro. Trabalho e como hobby, trabalho. Aí, acho eu, que me encaixo assim, por cima de tudo - pois sou aquilo que ele ainda não compreende, nem consegue abranger. Posso dizer que sempre me senti meio sol, meio lua, feito coruja - uma fada que caiu displicente, no lugar de sua filha, mas que ele jamais deixou ir sem ter avisado que não corta o cordão umbilical. Porque quem sobrevive sem Sol? A modéstia é minha qualidade, sim. Contudo, a sinceridade e lealdade é muito mais forte por aqui. Tenho certeza de uma coisa: já tenho meu herói geminiano, meu irmão geminiano, e não preciso de mais figuras masculinas desse signo. É como comer berinjela, couve-flor e escarola, uma vez por semana - isso eu não quero pra vida-a-dois. Serve como amores incondicionais - partes de uma familia, onde todos são diferentes, mas com alguma coisa em comum - todos, sem exceção, amam colo, cafuné, massagem, muito mimo e paparico. Há gerações somos os "mimadinhos" da Beira-Mar:.

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.:Abre aspas, no meio-de-tudo, deixo aqui a canção que pode embalar aqueles "que ainda não aprenderam a montar o quebra-cabeças da propaganda - retirar peças e trocá-las, uma a uma, para se chegar ao outro lado, com um carro-vida nova. Se assusta? Lógico, a ponte pode ter sido pura corrupção, e desabar, como a de sete quedas. Em um instante, você lá no fundo... Ou você pode vencer, e encontrar-se a si, e ao Mundo, dando um sentido e direção ao rumo que já tinha destinado a sua vidinha-de-violeta-sem-flor. A libélula, e o Girassol-sem-flor, que ouçam, ouçam e ouçam - apenas o Raul Seixas.
Veja,
Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez.
Beba,
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não!!!
Tente,
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar,
Há uma voz que canta, uma voz que dança, uma voz que gira
Bailando no ar!!!!!!
Queira,
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente!
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez.

.: Sempre:.
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Se não der certo, tentem os dois o Ray Conniff. Talvez a segurança da idade melhore tudo [RISOS}. Quem se acostumou com madeira, demora a aceitar o tijolo na construção.

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