sábado, junho 24, 2006

Um Amor é como Argila:.

Girassol na Janela
.:Girassol-na-janela, típico canceriano, mas nascido sob o signo nada hospitaleiro de virgem, foi empurrado por forte tempestade, em direção à vida que lhe deram ao nascer. Já estava atolado em amplo lamaçal, enraizado há decadas... e, num de-repenteco daqueles que nos fazem pronunciar o nome de Deus em vão, muitas vezes nem só pra pedir ajuda, foi tragado pela jornada do coração, despetalando-se conforme caminhava, soltando-se para poder polinizar o mundo e o seu coração:.

Teve, nessa história, meio que um meio, mas foi o início de um par nada justificável: por uma janela, saltou uma flor...pra alegria de outra, que esperava no descanso, junto às roseiras. Sim, duas flores diferentes, de cores contrastantes, que se encontravam por uma janela, em determinado momento onde não havia portas para elas, apenas aquele sol-esperança, Deus-confiança. Mas um amor assim, tão desigual, tão absurdo e surreal, e ao mesmo tempo minimalista, tem condições de florescer a vida inteira? Bem, abram a janela e apreciem...

Tulipa apreciada.:Tulipa firme e forte; girassol, uma espera, nasceu virado pra lua, querendo saber se "realmente" todas as bordas encaixariam-se, pra arriscar a sair de seu grupo e descampado. Diria que consegue transformar seu amor em platonismo, tal a forma de se dispor a se moldar pela Vida. Porém, todos os dias a Natureza prova que o Amor não é aquilo que a gente quer, sonha ou deseja muito - é uma série de "senãos", de opções e concessões, e, principalmente, de "baixar a guarda", e deixar-se levar pelo furacão de Dorothy, subindo e subindo, sem saber onde vai parar... A certeza é que juntos poderão se tornar melhores, conquistar sonhos e realizar sua missão - unindo as partes de todos os amigos de Oz, nem precisam matar bruxas ou beijar sapos. Apenas apostar no diferente da gente.

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