quarta-feira, maio 17, 2006


Caça aos Monges:.

Primeiro tivemos o caso do executivo, que sobe montanha, e se retira, num mosteiro, para aprender o que é "Ser líder" com um monge, nos dias de hoje. E em três dias compreende que "liderar é servir, servir é amar". Pior, muito pior do que o livro "quem mexeu no meu queijo". Pra que os monges voltassem a ser dignos de boa história, uma surpresa maravilhosa: Sue Monk Kidd, que já escreveu a Vida das Abelhas (delicioso!), surge agora com outro best-seller - A sereia e o Monge. Podia até ser continuação do executivo chato, onde o monge, num ato de loucura após aguentar tantos idiotas por três dias, resolve ir pra alto-mar. E justamente na praia que resolve parar, acaba reencontrando seu passado, uma antiga paixão. Isso sim é livro e escritora, onde Jessie, a paixão, diz: "A certa altura do meu casamento, me apaixonei por um monge beneditino". Não, não é somente sobre infidelidade, o encontro com o amor, e as artimanhas do espírito da Vida. Fala do interior de uma certa igreja de um mosteiro beneditino na Ilha da Graça, próximo à costa da Carolina do Sul, onde há uma bela e misteriosa cadeira entalhada graciosamente com sereias e dedicada a uma santa que, segundo a lenda, fora uma sereia antes de sua conversão. Por isso o nome do livro é "Mermaid Chair". No Brasil, pra vender bem, alçaram o monge para o título. De repente, pensam que é autoajuda mexerica, daquelas bem azedas, que nem com sal descem sem amargar a boca. Aqui o amor, as paixões do espírito e êxtases do corpo iluminam o despertar de uma mulher madura voltada para seu ser mais profundo, de volta para seu Eu-interior. The best-of-the-Best. Já tem até o filme sendo rodado, com a Kim Bassinger no papel principal - pra lembrar a toda mulher que, dentro de mosteiros, homens aprendem a liderar, mulheres a Amar... Sutil diferença, mas no final, os dois atos conseguem a mesma coisa - a servidão.

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