domingo, abril 09, 2006

Lua Clandestina:.

Paul Delaroche - La jeune martyre
A escolha do que poderia ser varia entre a imaginação e o espírito inquieto... um corpo sendo levado pelo rio, martírio da mulher do Guaíba, ou do rio aqui do lado, onde também encontraram semelhante infortúnio. Incitadas por impulsos, serpentinadas por arremessos ao vazio... Eu gosto do que é seguro, do que me acolhe, pra não me ver sem vida, flutuando assim. Sou pelas barcas, feitas de madeiras inchadas pelo tanto de água navegada, casco fendido, cheio de cicatrizes, afagado por remendos de pedaços de madeira ou outro material. Remos encostados, mãos teimosas que sabem onde querem chegar, como e quando devem aportar... Jaz, agora, na costa, a barca, descansando, calma, à espera do sol...

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