sexta-feira, fevereiro 24, 2006


Há coisas...

Li em algum momento, de certo guru famoso, rico e inteligente, daqueles semideuses hoje existentes, que existem dez coisas que devemos fazer e saber na Vida. Sob pena de pecarmos em considerarmo-nos ignorantes, néscios ou simplesmente insipientes. Uma destas era "saber de cor e salteado o poema/poesia preferido". Não sei porquê cargas d'água isso haveria de me impulsionar no meu destino, rumo ao sucesso, pois que não bastavam apenas "aquelas frases pequenas ditas muitas vezes sem pensar e nem saber quem as um dia ousou falar", tem quem ser integralmente o poema que representa aquilo que você sente como sendo você na vida. Lógico, no meu caso, nada mais certo que um lusitano, da minha Terra, embora nascida em outro local, minha'lma veio de lá. Tentei, ora se tentei, "o guardador de rebanhos", algo de Caiero que me dói quando leio. O único que consegui sentir e decorar (isso não é ato pra mim!), foi esse. Deve ter algum sentido nisso, pois como diz a zibia - tudo tem um porque, e nada é por acaso.

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,

Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés —
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

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