terça-feira, janeiro 03, 2006


O amor é:.

ELE coloca o amor como "uma térmica". Eu mal terminei o texto - sempre detestei térmicas. Na escola, quando era obrigada a levar, deixava-a atrás das hortênsias azuis que contornavam a casa. Ninguém nunca reparou... Quando foi optativo, disse um não veemente. Também a maçã, a outra opção. E após isso, na era do dinheiro, já tinha passado tanto tempo sem lanche pela manhã ou pela tarde, que guardava "fortunas" para gastar depois. Não tinha mais anseios de consumir, ou desejos por pastéis de vento, cheios de óleo, refrigerantes ou doces que traziam anéis de vidro. Se o amor fosse uma térmica, no meu olhar, eu jamais amaria. Minha térmica derramava, molhava o que não devia, "exalava mau-cheiro", era rotulada com personagens que não gostava... Era realmente uma coisa lamentável de se ter. O pior: de ser obrigada a ter. Até hoje não posso ver térmicas na frente. Só salvam-se as de inox, com café feito na hora. O resto... Bem, eu AMO uma máquina de café. Meu Amor é moderno. Para mim, amor é...


Isso. Ele vem, vai. E se fica, sobra uma enorme cicatriz. Amores-pra-sempre são assim: feios, cheios de histórias de lágrimas e mágoas, mas viventes. Perduram, porque existente sentimento. Não importa o que ocorre por fora, mas o que rola por dentro. Vida e Amor.

1 Comentários:

Blogger franka disse...

beatriz, estou muito mais do teu lado. as garrafas termicas da minha infancias são fedidas demais!
aliás.
diria que a imagem é de cicatrizes e rugas. algumas marcas não vem de fora, vem de dentro.
um beijo.
gostei muito daqui.

2:38 PM  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial