Sonhos...
Sonhava com uma casa assim: cheia de amor, teria varanda, um lugar mágico pra onde querer ir, todos os dias. Junto dele sempre surgia alguém: era moreno, não via seu rosto, mas sua mão aparecia pousada sobre um cachorro. Seu lugar predileto era perto de uma árvore, e lembro que por diveras vezes ali chorou. Em algumas pela perda de alguém de sua família, nas mais recentes as lágrimas caíam por alguém que lhe havia machucado o coração. No sonho, eu procurava falar ao seu ouvido que era hora dele partir, de procurar outro porto, de me encontrar. Era hora dele ser amado; por inteiro. Era hora dele se apaixonar. Mas teria que ter coragem - pra cortar laços, pra viver sozinho, pra me perder uma vez, e pra voltar atrás e vir atrás, quando percebesse a falta e o amor que sentia. Seus olhos, um dia, encontraram os meus... Eu nunca esqueci desses sonhos - eram constantes. E provocaram muitas risadas, atos hilariantes, porque quando encontrava uma pessoa interessante eu logo perguntava: "tem cachorro? Tem sítio? Tem alguém que morreu na família? Perdeu alguém por amor?" Lógico, aos poucos... pra não imaginarem a louca que sou em crer em "sonhos meus". Mas sonhos são uma espécie de antecipação de realidade, e um dia lá estava, aqueles olhos nos meus. Não era do tamanho que eu cria, nem tinha a coragem de um leão. Pelo contrário: tímido, silencioso, pra dentro. Calado. O que ele falava, mais da metade ficava trancado, e eu tinha que acessar o tradutor... Porque tudo naqueles olhos cujo rosto parece sempre estar feliz e alegre me diziam a tristeza que já sentira.
Eu não sonho mais com ele. Porque no momento em que eu precisei de compreensão, ele foi racional como um dicionário, e colocou um ponto final sem minha permissão. Me deu uma rasteira, e não pediu desculpas pela decepção. Não é uma questão de ego; apenas de sentimento. Porque ainda sinto sua tristeza, seu mundo e seu olhar, dentro de mim. O que foi é que ele fechou a porta, na minha cara, me mandou pra rua, e esqueceu de retirar-se de dentro de mim. De repente, estava na chuva, carregando alguém pra sempre, sem poder saber pra onde ir. Claro que guardo mágoas - detesto pessoas que não confiam em mim cegamente. Detesto pessoas que de repente se soltam da minha mão, e me deixam na praça, sem eira-nem-beira. Detesto mais ainda esse momento, porque eu sei o que essa pessoa representa, e o sentimento que ela é. O que eu peço pro Papai-Noel esse ano é fazer com que essa pessoa comece também a acreditar em magia, amor e visão. Sonhos e paixão. Quero que ela saiba quem eu sou, do mesmo modo que eu a vi. E prometo ser boazinha, sem muito sermão e dificuldades, para esta estrela cintilante voltar a brilhar no meu firmamento. Não há tempo, nem vida sem amor...
Eu não sonho mais com ele. Porque no momento em que eu precisei de compreensão, ele foi racional como um dicionário, e colocou um ponto final sem minha permissão. Me deu uma rasteira, e não pediu desculpas pela decepção. Não é uma questão de ego; apenas de sentimento. Porque ainda sinto sua tristeza, seu mundo e seu olhar, dentro de mim. O que foi é que ele fechou a porta, na minha cara, me mandou pra rua, e esqueceu de retirar-se de dentro de mim. De repente, estava na chuva, carregando alguém pra sempre, sem poder saber pra onde ir. Claro que guardo mágoas - detesto pessoas que não confiam em mim cegamente. Detesto pessoas que de repente se soltam da minha mão, e me deixam na praça, sem eira-nem-beira. Detesto mais ainda esse momento, porque eu sei o que essa pessoa representa, e o sentimento que ela é. O que eu peço pro Papai-Noel esse ano é fazer com que essa pessoa comece também a acreditar em magia, amor e visão. Sonhos e paixão. Quero que ela saiba quem eu sou, do mesmo modo que eu a vi. E prometo ser boazinha, sem muito sermão e dificuldades, para esta estrela cintilante voltar a brilhar no meu firmamento. Não há tempo, nem vida sem amor...
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial