sábado, outubro 01, 2005


Tres passes:.

O reencontro poderia ocorrer no aeroporto, ponto de saída de nós dois. Numa terça-feira, e no caminho pra casa exorcizariam traumas do passado, sentimentos contraditórios que os envolviam ainda, e se deparariam com o apavorante mundo de quem está apaixonado. Perguntariam-se - entre si - se ainda valeria a pena levar aquele amor avante, se a torcida do passado fora mais forte e fizera tudo zerar. Se ela pudesse escolher, certeza que voltaria atrás e seria aquela que faz as coisas certas o tempo todo, não por ficar tentando, mas por instinto. A realidade era bem diferente - sabia que qualquer volta seria um caminho penoso e longo. Se ela o amava como ele era, sem mudar nada, parecia não fazer diferença, depois de tanta coisa que tinha ocorrido com cada um. Ainda sentia que o grande problema poderia ser suas pequenas confusões - repetições, contradições, distrações...Deveria pedir desculpas, deveria ter dito o quanto o quer, porém quando se ama não há o que se perdoar. Pelo menos nos filmes. É covardia, mas sentia que todo aquele sentimento iniciado tão fortemente poderia permanecer na vontade, enquanto os dois fingiam que estavam bem. Pela arrogância e orgulho dele, pela timidez e medo dela. A voz no local anunciaria: "O próximo vôo pode demorar muito temo, uma vida inteira..." O próxomo passo poderia ser Dele. Dedos cruzados, vela acesa, ela precisa de toda força.

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...zum. Vem Beatriz, de mansinho, me dá o maior tapa na cabeça (doeu!), com um tal de Pedala, Robinho! E sai cantando, dizendo que o pai é catacumba, a mamãe bruxa, e ela é uma princesa. Rodando a saia, pergunta bem doce, soprando beijinho: "A saia é Linda, mamãe querida". Santa Paciência, talvez a pedagoga tenha razão e o DDA seja um aspecto relevante a ser estudado. As crianças de hoje não são da minha alçada, meu tempo não consegue mais orientá-las...

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Segundo o Jaguar, o melhor restaurante do mundo é o Troisgros, na França, situado numa pequena cidade chamada Roanne, perto de Lyon. Covardia, estou morrendo de fome, e daria tudo por uma comida chinesa. Pena que, pra quem vive sobrevivendo de cheque-especial, a coisa é impossível na atual conjuntura e colorido do extrato da conta-corrente.

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