quinta-feira, setembro 08, 2005


O incêndio de Tróia:.

Terminei de reler o Incêndio de Tróia, da Marion. O Claudio Moreno com o seu Tróianão fica devendo nada àquela escritora. Ganhei ainda, de presente pela primavera que está quase chegando, Ducasse de A a Z, que faria Palova babar literalmente pelas páginas, e o livro que assistia tanto (eu amo o filme que fizeram deste livro) - Alta fidelidade. Isso me deixa até o final de semana com duas teses para preparar e dois deleites pra me fazerem companhia. Precisa mais? Ah, chuva no cair da tarde.

Alta Fidelidade
Quem tem entre 20 e 40 anos, sobretudo os homens, e leu o livro "Alta Fidelidade", do escritor inglês Nick Hornby, entende a dor do personagem Rob Flemming, trintão dono de uma loja quase falida de discos que, ao ser abandonado pela namorada, revê sua dor através da música. Em seu momento mais sofrido, Rob constata o quanto é estranho ver filmes violentos e armas de brinquedo serem acusados como males da sociedade enquanto milhares de músicas sobre amores perdidos, desilusão, dor e infelicidade são lançados anualmente no mercado e consumidos com avidez por jovens. "As pessoas afetivamente mais infelizes que conheço são as que mais gostam de música pop", conclui o personagem, sabendo que é um desses infelizes. Faz parte da cultura masculina amar o rock. Faz parte do flerte amoroso gravar fitas com suas músicas prediletas para quem se ama. Faz parte da competição masculina provar ter a maior coleção de discos. E fazem parte do mundo de quem ama a música as intermináveis listas dos cinco melhores que Rob Flemming não para de montar: os 5 melhores solos de guitarra, as 5 melhores primeiras faixas lado b, as 5 melhores músicas sobre morte... É isto que encanta no livro "Alta Fidelidade": a proximidade com o universo masculino e a revelação deste para o universo feminino. Identificação e curiosidade, em um texto saboroso e hilário de Nick Hornby e pontuado com música... muita música. São infinitas as citações musicais ao longo da história, já que para Rob Flemming dor, felicidade e mulheres estão sempre relacionados com uma canção. esta história nos mostra que apesar da dor e da angústia, vale a pena se apaixonar. Todos nós temos um pouco deste confuso Rob Flemming. Temos nossos amores, nossas desilusões e perdas, nossas músicas preferidas. E se a música pop realmente faz mal à saúde, como vocifera o rabugento personagem, a vida também o faz. Então, para que procurar remédio?"

O filme, narrado por Rob , tem um desenvolvimento da história bem original. Primeiro, começamos com o Top 5 dos "foras" que ele tomou ao longo de sua vida. Cada um desses "foras" é uma história a parte, que depois serve para definir a complexa personalidade de Rob. Uma de suas namoradas é vivida por Catherine Zeta-Jones, a atriz mais bela do cinema atual. A história envolvendo a personagem de Catherine é uma das melhores, só perdendo para a história da atual namorada de Rob, que ache que está sendo saindo por ela com um de seus vizinhos, um bicho-grilo vivido por Tim Robins. A cena onde Rob se imagina expulsando o amante da namorada é espontânea e muito hilária. Depois disso, o filme toma um rumo parecido com o de comédias românticas comuns, e cai um pouco na qualidade.Mas essa queda é compensada no final engraçadíssimo e mais do que adequado para o filme. A trilha sonora é, pra completar, arrasadora, com grandes nomes da música independente e da música pop mundial. Agora eu tenho duas tarefas: encontrar a trilha sonora e o livro que está esgotado em tudo quanto editora. Porque do filme, que eu já assistia, e não lembrava do nome, nem sabia que estava ligado a tal literatura, já sou apaixonada. Eu sou Rob.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial