sexta-feira, setembro 02, 2005


amor:.

O grande sentido do amor (a Deus, a alguém, ao país) é ser gratuito. Diria mais: só é amor quando é gratuito. Por gratuito entenda-se algo que se estabelece com total verdade, desinteresse e autenticidade, independente até da vontade. Por isso, o amor nos traz possibilidades sempre novas, um vigor peculiar antes inexistente em nós. Diferente da Paixão que é tudo isso em estado de exaltação febril, por isso passageiro. A gratuidade do amor é a sua conexão com o mistério de cada existência humana e dos desígnios impossíveis de serem alcançados por nossa inteligência. Existe porque existe. Independe de causa. É só efeito. Por isso sempre digo: quando é amor a gente sabe. Ficou em dúvida, vacilou, pode ser tudo de bom porém amor não é. O amor é a despeito, é além, é sobre, é apesar. Existe e se manifesta com uma inviolável certeza. A forma talvez mais evidente do amor é o maternal ou o paternal. Não há explicações para o ser humano amar os filhos. Ele apenas ama, gratuitamente.

Artur da Távola

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