quinta-feira, agosto 18, 2005


Nur, Nur, Nur:.

Ando querendo tudo da Vida. Para a minha vida. Com a clara convicção de que eu mereço e sou digna de ter. Com a certeza de que, aos trinta anos, não preciso mais me contentar com pouco, sendo que sei que há tanto e muito.

Quero tudo: atenção, amor e carinho, constante. Como se flor eu fosse: o cuidado com uma orquídea. E se não tiver essa "nur" no meu caminho, eu simplesmente sigo em frente. Porque não preciso mais de bengalas, suportes ou muletas para prosseguir. Eu aprendi a andar sozinha. Eu aprendi a confiar e me amar. Acima de tudo, a dizer "basta" e "pare" àquilo que me faz mal, e me põe pra baixo. Melhor: com uma paciência incrível, e uma determinação inabalável para conseguir o que eu quero e preciso. Mesmo com todos os obstáculos e 'nãos' recebidos. Até consigo me conter, a fim de não julgar. Mas hoje, especialmente, eu estou a fim de luz. E lógica.

Doutorzinho. Quem já não usou esse produto? Eu gosto dessa espécie de produtos e coisas que conseguem atravessar o tempo e alcançar muitas gerações; doutorzinho é um desses, e minha mãe falava que antigamente a embalagem, muito diferente, era vendida de porta-em-porta, pelas vizinhas. Eu tenho sempre em casa, refresca o pé, evita o chulé. Agora eu gostaria de saber o que, pais em sã consciência, nesse caso de Campinas, desejavam ao seu filho, quando resolveram fazer inalação com algo "refrescante" para os pés? Há alguma lógica nisso? De quem é a culpa? Do produto que é super-bom, ou de malucos que não refletem sobre nada, não leem bula, acreditam em qualquer coisa, e, principalmente, não respeitam o direito do filho de poder ter acesso a um profissional de saúde? Acaso o doutorzinho, pelo nome, deveria resolver todos os problemas de saúde? Essas criaturas pequenas merecem todo cuidado e Luz que a gente dispõe. Fora com atitudes como essa - de pais que não se preocupam com o bem-estar de seus filhos pequenos demais para correrem pra longe, e de imprensa vazia que tenta culpar o produto, atrevendo-se a dizer que este deveria ser colocado fora do mercado. Que não mexam no produto: eu aprovo,adoro. Minha avó, idem. E Gerações estão há tempos fazendo isso. O que se deve tentar fazer é "educar" pais como esses. Enfase à cultura.

Outro caso: Se você está num emprego, procure ser o melhor naquilo que exerce. Não é questão de berço, nem de estudo, muito menos de raça. Questão humana, de caráter. Ética. Moral. Você, que lida com clientes, com certeza não precisa se formar na FGV, em marketing, pra saber que o "cliente" é o principal acessório do negócio. Porque todo mundo é um cliente, e assim, tem noções de como "quer ser tratado". O Cliente pode se exarcebar, protestar, gritar e chorar - ele é o cliente. O seu dever, por estar do outro lado, é deixá-lo afável, amigável, acalmá-lo. Traze-lo novamente para sua empresa. Porém, há certas queridas que insistem em dizer: "Olha, eu não gosto que contradigam o que eu disse. Se não está satisfeita, é melhor ligar novamente, e falar com outra pessoa". E buuum - desligam o telefone na cara do cliente. É por isso que as operadoras telefonicas tem inúmeras queixas no procon. É por isso que muita gente odeia operadoras de telefonia, e eu particularmente, as de celulares. Pelo desprazer e falta de preparo dessas tais. O que eu faço depois disso? A ligação é grátis, e eu tenho todo o tempo do mundo pra exigir o que eu quero. Principalmente porque do meu lado há direitos. E a razão. Mas que lógica há em desligar um telefone, porque você não quer mais falar com o cliente, sendo que foi contratada pra tal questão?

Ponto dois: O outro lado da Vida. Aquela que você quer. No que eu posso ceder, e até onde eu posso ir, sem me quebrar ou desfazer meus limites. Eu gosto de chuva, e se resolver ir tomar um porre de água, nem tente me impedir. Eu gosto de Ser, e não me preocupo tanto em ostentar, nem em me desqualificar, pra aparentar Ter. Sei exatamente o que sou, portanto, quando alguém quiser me colocar pra baixo, ou me dirigir verdades, que sejam pelo menos reais. Tentar me dizer o que não sou, nem o que nunca tive, não adianta. Não vai me deixar triste, nem me fazer chorar. Apenas me fazer cócegas, e dar muita risada.

Pra finalizar, eu abro mão de tudo que não me dá satisfação. Mesmo que satisfaça a milhões. Eu não tenho porque engolir uma pilula que não me dá prazer. É, estou aprendendo a ser egoísta, de uma forma especial: aquela que se ama, e ama demais aos outros, pra fazer algo contra a natureza. Portanto, eu abro mão de dispor da Folha, jornal que não gostei. De morar em São Paulo, cidade que abominei. De procurar dinheiro pisando em cima de outros, porque me preocupo com sentimentos. De pessoas burras e lerdas, que não compreendem algo que a gente repete todos os dias. De conviver com pessoas que esquecem de dar carinho, ou comecam a relevar certos itens imprescindíveis. Abro mão de apertar a pasta de dents pelo começo: ela é minha, eu faço como eu quiser. Também abro mão de ter que ser gentil com todos - às vezes eu quero perambular, sem ninguém por perto. Dá licença pra eu poder ser feliz, do jeito que quero e posso?

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