domingo, agosto 21, 2005


Existem Milagres:.

Sei que ontem discursavamos sobre o tema mãe; e Palova, lembro que disse que "todas eram iguais: sempre haveriam de crucificar uma filha pra Cristandade". Pois é, acabei de ler sobre uma exceção - raríssima. Porque é melhor encarar assim, do que imaginar que nós duas somos as únicas que carregam o fardo de serem bode-expiatório-negro da mamãezinha querida. Dê uma olhada em como descreve sua mãe, este Daqui:
Minha mãe cuidava de dois empregos, trabalhava de manhã, fazia o almoço, voltava ao trabalho, pagava as contas, encaminhava os quatro filhos à escola, limpava a casa, e ainda escrevia e ainda se arrumava toda bonita com seus lenços no pescoço e ainda corrigia os temas e ainda arranjava tempo para rir no sofá entre a gente, como se fosse um feriado o fato de estar em família. Nunca a vi xingando. Praguejando. Cobrando. Pressionando. Transferindo culpas. A fatia do queijo era rala, mas o doce da goiabada sobrava e nos fazia esquecer a escassez.(...)Agradeço a minha mãe que não se limitou a me alimentar durante nove meses e soube transformar a residência em seu ventre.

Isso me dá esperanças - quem sabe eu não possa ser uma mãe assim na memória de meus filhos?

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