quarta-feira, julho 06, 2005


Macarrão Melado:.

Sim, minha amiga Palovitch... muito pior do que o seu macarrão saiu a minha quarta-feira. Foi encomenda, só pode! Como é que alguém erra um 7, e acredita estar visualizando um 5, descontando algo fora do prazo e avermelhando minha sagrada conta? Estou me segurando pra não soltar aquela resposta "comum" que você disse após o minuto do macarrão a quem reclamou. Porque ainda há pouco os subalternos conspiravam num canto, com a pachorra da líder invejosa enchendo a cabeça deles, largando a língua cheia de veneno contra todos. Detesto e abomino isso, e só Deus sabe o quanto eu fui forte passando perto, e calando-me. Porém querida, sabe a cara de má que tenho? Essa não resistiu e com certeza apareceu. Dos males, o mínimo. Sem falar do que deveria ter entrado, e não veio, por inépcia de alguém lá dentro que errou a data, e trocou tudo: do dia 06, virou 16. Posso contra isso o quê? Nem cortando cebolas consigo extravazar tamanha raiva. E lá vai novamente eu percorrer ruas atrás de, na falta dos...

Sorte é que lembro o quanto eu já rezei nessa minha vida. Pois é, ontem mesmo pelo acaso e coincidência, um período veio novamente reviver por aqui. Recordei-me de uma amiga que tinha muita fé- inacreditável!, e diante de sua mãe doente, resolveu fazer um ritual de sábados de oração, onde foram convocadas todas suas parceiras, pra ajudá-la em tal promessa. Não adiantava eu tropeçar no horário, e resolver aparecer após meia-hora do combinado: ela atrasava tudo à espera da minha presença. Pra que, não me pergunte, mas que eu fiquei 9 sábados fazendo uma hora de reza concentradíssima eu fiquei. No final, por milagre, não é que deu certo? Além disso, pelas manhãs, eu caminhava uma hora diária com um bando de velhinhas que adorava, e todas tinham o costume de "Andar orando à Maria", assim às 7 da manhã recebia um galhinho com folhinhas, e após uma hora deveria ter rezado o terço inteiro, e retornado com meu galhinho sem as ditas. Fazia isso tão facilmente, sério, período tão bom! Mais? Bem, havia ainda as orações das seis horas da tarde. Por uma promessa para que alguém-especial-demais conseguisse uma vaga em local certo tive que estar presente frente a imagem de Nossa Senhora de Fátima para outra novena. Essa nem era terço, era rosário, foi aí que descobri a diferença crucial...

Viu, amiga, quando falo que agora o que consigo "é bater papo com Deus e Nossa Senhora" acredite, não é por falta de fé, mas é que já fiz todo o percurso de rezas, e como boa joaninha, acredito não mais em quantidade, mas em qualidade. Por favor, não me tire por hora dessa ilusão, pois que está tão bom e aconchegante poder dialogar em vez de recitar orações decoradas. Sabe o quanto é bom caminhar e apreciar a paisagem de casas belas e árvores floridas, sem se preocupar com "não errar a ordem das aves e pai-nossos", ou lembrar direitinho Salve-Rainha? Ah, lógico, e porquê a tal lembrança. Invariavelmente, acreditando que adoro rosário e terço, deram pra ligar pra cá pedindo por contas novamente. Como dizer não a almas desesperadas? O máximo que consigo é alegar nova doutrina e método - vale a justificativa???

Numa parada de, ontem eu vi um pedaço de América. Quando a Sol de Oliveira (a Débora Secco de Emília, aquele rímel duro-seco é a cara da boneca que adoro!) diz qual foi o melhor presente que recebeu na vida. Eu fiquei pensando e tudo o que vinha à mente foram os que abominei - 6 relógios num ano pra eu nunca mais usar essa peça por aqui. Ramalhetes de rosa, pra eu jamais pedir isso novamente: adoro flores que possam sobreviver há mais de sete dias. Tergiversei, mas termino por dizer que o melhor presente é aquele que ainda não recebi. Porque não vivo de passado, e coleciono tanta coisa pequenina e simples, que ficaria impossível colocar por hierarquia uma classificação assim. Adoro surpresas e agrados simples.

Ps.: Palova, ao contrário de ti, não gosto de ganhar nem vale-cd, nem o próprio CD. O que eu gosto mesmo são beijos e abraços, e NINGUÉM reclamando do meu macarrão.

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