Peristilo:.
25 de setembro de 1995.
Querida Catherine,
Já se passou um mês desde que lhe escrevi, mas parece um ano. A vida passa hoje diante de mim como uma paisagem na janela de um carro. Não sei para onde estou indo, nem quando chegarei. Nem mesmo o trabalho alivia essa dor. Posso estar mergulhando por puro prazer, ou então ensinando outras pessoas, mas quando volto para a loja, ela parece vazia sem você. Confiro os estoques como sempre fiz, envio os pedidos, mas ainda hoje me flagro de vez em quando chamando seu nome.
Sem você em meus braços, eu sinto a minha alma vazia. Surpreendo a mim mesmo examinando os rostos numa multidão, à procura do seu. Sei que é impossível, mas não posso evitar. Certa vez, nós conversamos sobre o que aconteceria se um dia as circunstâncias nos separassem; mas eu não posso manter a promessa que fiz a você naquela noite.
Sinto muito, querida, mas nunca vai haver outra pessoa em seu lugar. Você, e só você, foi sempre a única que eu quis, e, agora que você se foi, não quero encontrar mais ninguém. "Até que a morte nos separe" foram as palavras que murmuramos na igreja, e hoje eu acredito que essas palavras continuarão verdadeiras até o dia em que eu também for levado desse mundo.
Garret.

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