domingo, maio 01, 2005


O Grande Gatsby

Fitzgerald foi o escritor da chamada "flaming youth", produzindo com suas extravagâncias, excessos e desprezo pelas convenções sociais, uma verdadeira revolução nos costumes e na moral. Em seu livro mais aclamado, "O grande Gatsby", que me deixou com vontade de algo mais, tão sucinto e conclusivo foi, coloca algumas frases que merecem ficar aqui, à margem do Oceano.

"Sempre que tiver vontade de criticar alguém, lembre-se de que criatura alguma neste mundo teve as vantagens que você desfruta. Lembrando dessa frase, dita pelo meu pai, me sinto inclinado a sempre guardar para mim os meus juízos, hábito que faz com que muitos se abram comigo, com confidências espontâneas. Mas devo admitir que minha tolerância tem limites..."

Sou um sujeito de raciocinio lento e cheio de regras interiores, que agem como freios sobre os meus desejos. Cada um de nós desconfia que possui pelo menos uma das virtudes cardinais - e a minha é esta: sou uma das poucas criaturas honestas que jamais conheci".

Talvez eu fosse somente um provinciano carregado de escrúpulos. Eles destruiram coisas e pessoas, e depois se refugiaram em seu dinheiro, ou em sua indiferença, ou no que quer que fosse que os mantinha unidos, e deixaram que os outros resolvessem as trapalhadas que haviam feito.

Gatsby acreditou na luz verde, no orgiástico futuro que, ano após ano, se afastava de nós. Esse futuro nos iludira, mas não importava: amanhã correremos mais depressa, estenderemos mais os braços, e... uma bela manhã... E assim prosseguimos, botes contra a corrente, impelidos incessantemente para o passado.

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